Entendendo o Despejo de Inquilino: O Que Você Precisa Saber

Atualizado em: 20 de novembro de 2025             



Entendendo o Despejo de Inquilino: O Que Você Precisa Saber
Entendendo o Despejo de Inquilino: O Que Você Precisa Saber

N este artigo, vamos explorar o processo de despejo de um inquilino em uma locação no Brasil, oferecendo uma visão abrangente das leis e procedimentos envolvidos. Abordaremos as diferentes situações em que o despejo pode ser aplicado, os direitos do proprietário e do inquilino, bem como os procedimentos legais necessários.

O Que é a Ação de Despejo e Quando Pode Ser Solicitada

Uma ação de despejo é um processo legal por meio do qual um proprietário de um imóvel alugado busca recuperar a posse desse imóvel, forçando o inquilino a desocupá-lo. Essa ação é iniciada quando o proprietário considera que há motivos legais para encerrar o contrato de locação e retomar o controle do imóvel. Geralmente, isso ocorre por uma das seguintes razões:

Falta de Pagamento: O inquilino deixa de pagar o aluguel ou outras despesas relacionadas ao imóvel, como condomínio, água ou luz.

Término do Contrato: O contrato de locação chega ao seu término, e o proprietário não deseja renová-lo.

Motivos Específicos: O proprietário necessita do imóvel para uso próprio, para realizar reformas substanciais ou para acomodar membros de sua família.

Descumprimento Contratual: O inquilino viola termos específicos do contrato de locação, como sublocar o imóvel sem permissão ou causar danos ao imóvel.

Existem regulamentos específicos, como a Lei do Inquilinato, que estabelecem os direitos e as obrigações tanto do locador (proprietário) quanto do locatário (inquilino) durante esse processo.

O procedimento envolve, geralmente, a apresentação de uma ação judicial pelo locador, que solicita ao tribunal a desocupação do imóvel e, em alguns casos, o pagamento de valores devidos. O locatário, por sua vez, tem o direito de se defender e contestar a ação, apresentando provas ou argumentos que justifiquem a permanência no imóvel.

Uma vez que a ação é aceita e julgada procedente pelo tribunal, podem ser emitidos mandados para a desocupação do imóvel em um prazo determinado. Se o locatário não cumprir essa ordem, o oficial de justiça pode ser autorizado a realizar o despejo de forma física, com o auxílio da força policial, se necessário.

Procedimentos para Iniciar uma Ação de Despejo

Iniciar uma ação de despejo é um processo legal que requer procedimentos específicos. Abaixo estão os procedimentos recomendados para iniciar uma ação de despejo:

Consulte um Advogado: Antes de qualquer coisa, é altamente recomendável que o locador consulte um advogado especializado em direito imobiliário. Um advogado compreenderá as leis locais e as nuances específicas do caso, orientando o locador em relação aos procedimentos adequados.

Verifique o Contrato de Locação: O locador deve revisar cuidadosamente o contrato de locação para garantir que todos os termos e condições estejam sendo seguidos. Certifique-se de que existam motivos legais para solicitar o despejo, como falta de pagamento, término do contrato ou outros motivos especificados no contrato.

Notificação ao Inquilino: Em muitos casos, antes de entrar com uma ação de despejo, o locador deve notificar formalmente o inquilino sobre a situação. Isso pode ser feito por meio de um aviso de despejo, que deve seguir os requisitos legais locais. O aviso normalmente concede um prazo para o inquilino resolver a situação, como pagar o aluguel em atraso.

Preparação da Documentação Legal: O advogado do locador ajudará a preparar toda a documentação legal necessária para iniciar a ação de despejo. Isso inclui a petição inicial, que é o documento formal que será apresentado ao tribunal, descrevendo os motivos do despejo.

Registro da Ação no Tribunal: Após a preparação da documentação, a ação de despejo é registrada no tribunal local competente. O locador deve pagar as taxas de registro e seguir os procedimentos do tribunal.

Citação do Inquilino: O inquilino deve ser oficialmente notificado da ação de despejo. Isso é feito por meio de uma citação, que é entregue pessoalmente ao inquilino ou de acordo com os procedimentos legais locais. A citação informa ao inquilino sobre a ação e fornece um prazo para responder.

Audiência no Tribunal: Após a citação do inquilino, uma audiência é agendada no tribunal. Durante a audiência, ambas as partes podem apresentar seus argumentos e provas. O juiz tomará uma decisão com base nas leis e evidências apresentadas.

Execução da Decisão Judicial: Se o juiz decidir a favor do locador, uma ordem de despejo será emitida. O oficial de justiça pode ser encarregado de executar a ordem, o que pode envolver a remoção forçada do inquilino do imóvel, se necessário.

Cumprimento das Obrigações Pós-Decisão: Após a decisão judicial, o inquilino pode ser obrigado a pagar qualquer valor devido, como aluguel atrasado ou multas. O locador deve seguir os procedimentos legais para recuperar esses valores, se necessário.

Direitos do Locatário

Após ser notificado em uma ação de despejo devido à falta de pagamento, o locatário tem quinze dias para quitar todas as dívidas pendentes. Isso inclui o valor do aluguel em atraso, multas contratuais, juros de mora, custos processuais e honorários do advogado do locador. Se os pagamentos forem feitos, o contrato de locação pode ser mantido.

De acordo com a Lei do Inquilinato, esse procedimento de despejo só pode ocorrer uma vez a cada vinte e quatro meses. Se houver reincidência e outra ação de despejo em menos de dois anos, o locatário perde esse direito. O locatário também tem o direito de contestar o processo de despejo, contratando um advogado para apresentar provas de que os valores foram pagos. O prazo para a contestação é de quinze dias após a citação.

Conclusão

É fundamental evitar solicitar um despejo indevidamente, pois isso pode prejudicar tanto o locador quanto o locatário. Recomendamos que todas as partes envolvidas entendam como funciona o processo de despejo e ajam de acordo com as leis vigentes. Ter um contrato de locação bem definido é fundamental para evitar conflitos.

Referências Legais

Lei Federal 8.245/91 - Lei do Inquilinato

Lei Federal 10.406 - Código Civil Brasileiro


Author: Gustavo Falcão

Gustavo Falcão

Gustavo Falcão, fundador da 99contratos, oferece soluções acessíveis e descomplicadas para o conhecimento jurídico.

Através de modelos de contratos personalizáveis, sua missão é garantir praticidade e segurança jurídica.

Sempre buscando aprimorar seus serviços e expandir suas áreas de atuação, Gustavo acredita na tecnologia como aliada para simplificar processos burocráticos e democratizar o acesso ao conhecimento jurídico.


Nossos Contratos

Busca um contrato personalizado para atender as suas necessidades?

Utilize um dos nossos e conte com todo apoio que necessitar.

Comodato de Imóvel Comercial

Comodato Residencial

Locação Comercial

Recibo de Pagamento de Aluguel

Notificação para Rescisão de Locação Residencial

Termo Aditivo ao Contrato de Locação






Sobre a 99Contratos!

A 99Contratos é uma LegalTech 100% nacional, criada e desenvolvida pensando no público brasileiro.

Nosso time é formado por especialistas em documentos legais e profissionais apaixonados por novidades que possam ajudar o dia a dia de todos.

Atualmente somos a maior plataforma para a criação de contratos personalizados e documentos legais de forma automatizada do Brasil.