Entendendo o Despejo de Inquilino: O Que Você Precisa Saber

Atualizado em: 14 de março de 2024             



Entendendo o Despejo de Inquilino: O Que Você Precisa Saber
Entendendo o Despejo de Inquilino: O Que Você Precisa Saber

N este artigo, vamos explorar o processo de despejo de um inquilino em uma locação no Brasil, oferecendo uma visão abrangente das leis e procedimentos envolvidos. Abordaremos as diferentes situações em que o despejo pode ser aplicado, os direitos do proprietário e do inquilino, bem como os procedimentos legais necessários.

O Que é a Ação de Despejo e Quando Pode Ser Solicitada

Uma ação de despejo é um processo legal por meio do qual um proprietário de um imóvel alugado busca recuperar a posse desse imóvel, forçando o inquilino a desocupá-lo. Essa ação é iniciada quando o proprietário considera que há motivos legais para encerrar o contrato de locação e retomar o controle do imóvel. Geralmente, isso ocorre por uma das seguintes razões:

Falta de Pagamento: O inquilino deixa de pagar o aluguel ou outras despesas relacionadas ao imóvel, como condomínio, água ou luz.

Término do Contrato: O contrato de locação chega ao seu término, e o proprietário não deseja renová-lo.

Motivos Específicos: O proprietário necessita do imóvel para uso próprio, para realizar reformas substanciais ou para acomodar membros de sua família.

Descumprimento Contratual: O inquilino viola termos específicos do contrato de locação, como sublocar o imóvel sem permissão ou causar danos ao imóvel.

Existem regulamentos específicos, como a Lei do Inquilinato, que estabelecem os direitos e as obrigações tanto do locador (proprietário) quanto do locatário (inquilino) durante esse processo.

O procedimento envolve, geralmente, a apresentação de uma ação judicial pelo locador, que solicita ao tribunal a desocupação do imóvel e, em alguns casos, o pagamento de valores devidos. O locatário, por sua vez, tem o direito de se defender e contestar a ação, apresentando provas ou argumentos que justifiquem a permanência no imóvel.

Uma vez que a ação é aceita e julgada procedente pelo tribunal, podem ser emitidos mandados para a desocupação do imóvel em um prazo determinado. Se o locatário não cumprir essa ordem, o oficial de justiça pode ser autorizado a realizar o despejo de forma física, com o auxílio da força policial, se necessário.

Procedimentos para Iniciar uma Ação de Despejo

Iniciar uma ação de despejo é um processo legal que requer procedimentos específicos. Abaixo estão os procedimentos recomendados para iniciar uma ação de despejo:

Consulte um Advogado: Antes de qualquer coisa, é altamente recomendável que o locador consulte um advogado especializado em direito imobiliário. Um advogado compreenderá as leis locais e as nuances específicas do caso, orientando o locador em relação aos procedimentos adequados.

Verifique o Contrato de Locação: O locador deve revisar cuidadosamente o contrato de locação para garantir que todos os termos e condições estejam sendo seguidos. Certifique-se de que existam motivos legais para solicitar o despejo, como falta de pagamento, término do contrato ou outros motivos especificados no contrato.

Notificação ao Inquilino: Em muitos casos, antes de entrar com uma ação de despejo, o locador deve notificar formalmente o inquilino sobre a situação. Isso pode ser feito por meio de um aviso de despejo, que deve seguir os requisitos legais locais. O aviso normalmente concede um prazo para o inquilino resolver a situação, como pagar o aluguel em atraso.

Preparação da Documentação Legal: O advogado do locador ajudará a preparar toda a documentação legal necessária para iniciar a ação de despejo. Isso inclui a petição inicial, que é o documento formal que será apresentado ao tribunal, descrevendo os motivos do despejo.

Registro da Ação no Tribunal: Após a preparação da documentação, a ação de despejo é registrada no tribunal local competente. O locador deve pagar as taxas de registro e seguir os procedimentos do tribunal.

Citação do Inquilino: O inquilino deve ser oficialmente notificado da ação de despejo. Isso é feito por meio de uma citação, que é entregue pessoalmente ao inquilino ou de acordo com os procedimentos legais locais. A citação informa ao inquilino sobre a ação e fornece um prazo para responder.

Audiência no Tribunal: Após a citação do inquilino, uma audiência é agendada no tribunal. Durante a audiência, ambas as partes podem apresentar seus argumentos e provas. O juiz tomará uma decisão com base nas leis e evidências apresentadas.

Execução da Decisão Judicial: Se o juiz decidir a favor do locador, uma ordem de despejo será emitida. O oficial de justiça pode ser encarregado de executar a ordem, o que pode envolver a remoção forçada do inquilino do imóvel, se necessário.

Cumprimento das Obrigações Pós-Decisão: Após a decisão judicial, o inquilino pode ser obrigado a pagar qualquer valor devido, como aluguel atrasado ou multas. O locador deve seguir os procedimentos legais para recuperar esses valores, se necessário.

Direitos do Locatário

Após ser notificado em uma ação de despejo devido à falta de pagamento, o locatário tem quinze dias para quitar todas as dívidas pendentes. Isso inclui o valor do aluguel em atraso, multas contratuais, juros de mora, custos processuais e honorários do advogado do locador. Se os pagamentos forem feitos, o contrato de locação pode ser mantido.

De acordo com a Lei do Inquilinato, esse procedimento de despejo só pode ocorrer uma vez a cada vinte e quatro meses. Se houver reincidência e outra ação de despejo em menos de dois anos, o locatário perde esse direito. O locatário também tem o direito de contestar o processo de despejo, contratando um advogado para apresentar provas de que os valores foram pagos. O prazo para a contestação é de quinze dias após a citação.

Conclusão

É fundamental evitar solicitar um despejo indevidamente, pois isso pode prejudicar tanto o locador quanto o locatário. Recomendamos que todas as partes envolvidas entendam como funciona o processo de despejo e ajam de acordo com as leis vigentes. Ter um contrato de locação bem definido é fundamental para evitar conflitos.

Referências Legais

Lei Federal 8.245/91 - Lei do Inquilinato

Lei Federal 10.406 - Código Civil Brasileiro


Author: Gustavo Falcão

Gustavo Falcão

Gustavo Falcão, fundador da 99contratos, oferece soluções acessíveis e descomplicadas para o conhecimento jurídico.

Através de modelos de contratos personalizáveis, sua missão é garantir praticidade e segurança jurídica.

Sempre buscando aprimorar seus serviços e expandir suas áreas de atuação, Gustavo acredita na tecnologia como aliada para simplificar processos burocráticos e democratizar o acesso ao conhecimento jurídico.


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